sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


     Agência de notícias

 

        Agência de notícias ou agência noticiosa é uma empresa jornalística especializada em difundir informações e notícias diretamente das fontes para os veículos de comunicação. As agências não fornecem diretamente ao público, mas sim para jornais, revistas, rádios, TVs, websites, a chamada mídia, que por isso mesmo media a comunicação entre a fonte e os leitores/espectadores.

  

       As agências surgiram em meados do século XIX, com a fundação da primeira agência, a Havas, por Charles-Louis Havas em 1835. Sediada em Paris, a Havas enviava as principais informações e notícias do exterior por telegramas para os jornais, que pagavam por esse serviço. Em 1851, um sócio de Havas, o alemão naturalizado britânico Julius Reuter,deixou a empresa para fundar uma nova agência em Londres, a Reuters. Em 1849, outro empresário, Bernard Wolff, fundou a Wolff, que se tornaria a agência principal da Alemanha. A Reuters existe até hoje, enquanto a Havas acabaria se tornando a atual Agence France-Presse (AFP) e a Wolff deu origem à atual Deutsche Presse-Agentur (DPA). Em 1853, Guglielmo Stefani fundou a Agenzia Stefani, em Turim.



        A origem das agências de notícias remonta a uma série de razões técnicas e históricas determinantes, como a expansão do capitalismo, o auge dos estados-nação na Europa, o consumo crescente da imprensa e a inclusão das (então) novas tecnologias de comunicação. Não por acaso, as primeiras agências apareceram em países com interesses coloniais.
       A sociedade do século XIX já tinha uma maior necessidade de conhecer coisas e demandava cada dia mais informação. Eram produzidas mais notícias e com maior rapidez em lugares cada vez mais distantes. Os meios de comunicação eram incapazes de cobrir tantos fatos em lugares tão distantes por motivos econômicos. Ainda não existia a mídia eletrônica (rádio, TV e internet), e não havia então nenhum jornal ou revista que dispusesse dos recursos humanos e técnicos para estar presente em todos os focos mundiais que produziam informação. Por este motivo, se fazia necessária a criação de entidades que compilassem as notícias que ocorriam em sua área mais próxima.entidades que compilassem as notícias que ocorriam em sua área mais próxima.
       No princípio, as agências eram empresas familiares com poucos funcionários e uma atividade limitada. Produziam informações traduzindo notícias dos jornais estrangeiros. Logo se definiram em dois grupos distintos: as que trabalhavam em nível nacional e as mais interessadas no mercado estrangeiro. Com o auge do capitalismo, chegou às agências a produção em massa, de alta rentabilidade, com uma estrutura empresarial direcionada a obter lucros máximos.
       O desenvolvimento tecnológico (internet, fax, satélites, telefone, fibra óptica e computadores) contribuiu para que o volume de informação que circula diariamente chegasse a níveis jamais antes alcançados. Isto se deve à presença das agências nos diferentes pontos de interesse informativo. Se não fosse assim, muitos fatos noticiosos de magnitude poderiam passar despercebidos. Hoje, graças a elas, qualquer cidadão conhece quase no mesmo instante, através do radio, da televisão ou da imprensa escrita, um fato noticioso que acontece no planeta.

Funcionamento

       As agências operam através de escritórios locais, em diferentes cidades e países, que transmitem sua apuração para as centrais, que por sua vez redistribuem o material para os clientes (i.e., jornais, revistas, rádios, televisões, websites etc.).
       As agências recolhem informações de seus correspondentes em diferentes lugares e as transmitem imediatamente para a central, de onde — depois de tratar a informação em forma de notícia — a enviam para os clientes, conhecidos no jargão jornalístico como assinantes. Todo o processo é feito na velocidade mais rápida possível. Os clientes podem pagar ou em função dos serviços recebidos, que podem ser de naturezas muito distintas (uma entrevista coletiva, uma foto ou imagem determinada), ou uma assinatura mensal pelos serviços prestados: informação nacional, internacional e serviço fotográfico.
       Deste modo, a agência de notícias pode ser considerada um vendedor atacadista de informação. Elas empregam jornalistas que coletam a informação, enviam-na em diversas formas (despachos, matérias, reportagens, artigos, fotos, clipes de som, vídeos, infografia e outros) e a distribuem para os jornais, revistas, rádios, TVs, portais, que formam sua clientela. Certas agências nacionais alimentam igualmente os organismos oficiais de seus respectivos países.
       Hoje, as agências mantêm uma rede de correspondentes e stringers (colaboradores) nas maiores cidades do mundo e assim repassam para os veículos de imprensa. Nos últimos anos, o trabalho das agências e seus correspondentes foi enormemente facilitado pelas novas tecnologias de comunicação, como a Internet.
       As agências podem ser do tipo comercial, que vende os serviços e obtém lucro (Reuters, AFP, EFE), ou cooperativas, constituídas de diversos órgãos de informação associados para compartilhar e assim aumentar o volume de notícias circuladas (AP, IPS, NANAP).
       O recurso às agências de notícias permite aos jornais e outros veículos fornecer prontamente informações sobre países onde eles não têm correspondentes, ou sobre fatos que não têm meios de apurar por si mesmos. A produção de despachos de agências toca todos os domínios da atualidade nacional e international. É assim que, tipicamente, a cobertura internacional dos jornais locais é formada com despachos de agências de notícías.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Princípios de Design para World Wide Web

       Vou aqui fazer um breve exame dos princípios básicos do design gráfico e de como eles se aplicam na web. O design na web requer os mesmos altos níveis de talento, experiência e técnica exigidos pelas demais formas de arte eletrônica.
       Entretanto, a web é construída sobre bases técnicas diferenciadas que se apóiam fundamentalmente na linguagem HTML e na exposição sequencial das páginas na tela do monitor.
 
      Para ter sucesso na tarefa do desenvolvimento visual de um site, cada um desses elementos devem ser considerados: espaço em branco, combinação de cores, texturas, sequência, proximidade e alinhamento, balanço, contraste entre os elementos e unidade da página.

      Espaço em Branco

       O espaço em branco é, por definição, determinada área em uma peça impressa como cartazes, anúncio, folheto que não tenha texto, imagens ou outro elemento de design. Os espaços em branco em um layout não são áreas perdidas ou desperdiçadas porque, segundo Rafaher(1999:46), funcionam para equilibrar espaços, reforçar a unidade de grupos e aumentar o contraste.
       Sem um bom balanço, os olhos ficam confusos, não há uma progressão visual para seguir e o leitor perde o interesse.Portanto, os espaços em branco devem ser parte integrante do design de uma página na web e empregados para permitir a leitura mais fácil e a melhor compreensão do texto ou ainda indica ao internauta onde começa e onde termina uma seção.



      Combinação de cores

       Além das palavras e das imagens, a cor é um importante elemento funcional. Ela pode intensificar tanto o texto como a imagem.
       A cor exerce uma influência decisiva nâo apenas em nossos olhos, mas em todos os outros sentidos. Seus efeitos psicológicos, combinados com o conhecimento do simbolísma ancestral a que estão ligadas,  tornam as cores um importante fator em qualquer apelo visual dirigido ao ser humano.
       A combinação de cores deve ser cuidadosa. Elas não apenas precisam combinar entre si dentro de um mesmo espaço, como devem também criar um estado de espírito ou efeito visual. 
       A escolha das cores é feita, em geral, com base em uma grande gama de matizes. Mas, na web, a seleção é uma questão mais complicada :é impossível garantir que determinada cor apareça exatemente como é na tela do usuário. vai depender do monitor, que pode trabalhar com mais vermelho, ser mais brilhante ou dispor de um baixo nível de contraste.
       No caso de páginas com imagens, o uso de cores deve ser ainda mais criterioso, para evitar que as imagens desapareçam no fundo da página. Cores em palavras de texto devem ser usadas com cuidado e de forma bastante explícita, já que também são sinais de links de hipertextos.




     Texturas

       Além das cores sólidas, as texturas são utilizadas como fundo de uma página para criar um visual único e diferenciado. Ainda podem ser usadas com bom resultados para realçar determinado elemento de uma página ou para transmitir uma impressão de profundidade e relevo a determinado objeto.
       O cuidado básico é evitar texturas mais elaboradas pelas limitações dos monitores de vídeo pois, assim como a cor, é difícil saber como ela vai aparecer na tela do usuário.
       Outro eventual problema que pode surgir é a fraca legibilidade do texto.




      Sequência

       Os anúcios de mídia impressa observam um especial cuidado com a disposição do texto e das imagens, arrajondo-os então de uma maneira que leve os olhos a percorrer um caminho determinado e desejado pelo disign.
       Portanto, a sequência diz respeito à condução do leitor pelos elementos da página.No movimento em "Z", maneira mais comum de controlar e conduzir os olhos, os elementos são colocados no caminho do que pode ser considerado o movimento normal da vista.
        Mas os olhos também movem-se naturalmente no sentido dos grandes para os elementos menores, dos elementos pretos para os mais claros ou mais luminosos, da cor para a ausência de cor, das formas usuais para as não usuais.

       Preximidade e Alinhamento

        Todos os elementos que têm algo em comum devem estar juntos no layout, para que o leitor os reconheça como um grupo. Caso contrário, quando as coisas que pertencem a um grupo estão separadas, o leitor pode ter a impressão de desorganização e bagunça.Isso costuma dar um enorme trabalho e desconforto ao leitor, que fica tentando procurar os elementos em comum.
Esse agrupamento dos elementos contribui para que o internauta relacione as coisas entre si e,  assim dê sentido a elas.





      Balanço

        Entendido como a distribuíção do peso ótico pelo espaço, balanço pode ser formal (simétrico) ou informal (assimétrico). no balanço formal, cada elemento que em um lado da página é repetido do outro, seja na horizontal ou na vertical. No balanço informal isso não ocorre: os vários elementos da página se põem com pesos desiguais de um e de outro lado, sem ferir a poderação do conjunto, pois essas partes desiguais são, na verdade, equivalentes entre si.